sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O barco afunda


O retorno da ex-secretária de Ação Social, Advan Sobrinho ao primeiro escalão da administração do prefeito de Queimadas Tarcísio Pedreira, agora mais do que nunca sem o “liso” e o “Valente” incorporados ao seu nome, já é dada como certo nos porões do poder. Como se sabe, ela foi defenestrada há pouco mais de tres meses sob acusação de improbidade administrativa sem que o prefeito desse a ela mínima chance de defesa.

Os rumores sobre seu suposto retorno circula há mais de um mês, mas esta semana eles se tornaram mais fortes. De acordo com apurações do “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” ela assume nesta segunda-feira o mesmo cargo que ocupou quando foi exonerada sem direito à defesa pelo prefeito: a pasta da secretaria de Ação Social.

Não se sabe as razões desta suposta reviravolta e o porquê de “mainha”, a toda poderosa progenitora do prefeito e responsável pelo mexer dos cordões dessa administração, já considerada como a pior da história de Queimadas, receber de volta quem foi acusada de desviar recursos da secretaria em benefício próprio. E, o pior, defenestrar a atual secretária, Fabiana Oliveira, que realiza um trabalho em prol da população mais carentes, sem partidarismo.

Mas como tudo que acontece nesta administração do “faz de conta”, os “boatos” podem ser apenas “boatos” e tudo não passar de um jogo de cena. Resta saber a quem vai beneficiar. No entanto, como é preciso averiguar o “passarinho do pé de fícus o Bar de Osvaldo” ficou sabedor de que a ex-secretária, Advan Sobrinho consultou alguns amigos para saber se deveria aceitar ou não o convite do prefeito para retornar à secretaria.

A resposta pelo que o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” apurou não foi do seu agrado. De acordo com alguns interlocutores os amigos a aconselharam a não aceitar, ressalvando o quanto ela sofreu ao ser exonerada da forma que foi, sem direito à defesa. Mas, pelo sim, pelo não[s1] ,  estaremos alerta para os acontecimentos.

Isso, em razão de que todos que acompanham a forma de se fazer política desse governo é sabedor que o jogo é pesado, desonesto e feito em conchavos. Não nos esqueçamos do jogo sujo tramado (claro que sob a coordenação, por fora, do atual prefeito), contra um dos mais fortes correligionários.

Nesta trama que deu com os burros n’água, pois não souberam medir a força do oponente, estavam à frente da operação, “mainha”, o Líder do Governo na Camara de Vereadores, Renato Varjão, o secretário de Educação, Leonir Floriani, o homem forte do governo, e, surpreendentemente, André Cayres, filho de dois ex-gestores.

Não se surpreendam se este for um novo balão de ensaio armado por “mainha” para reorganizar, a seu jeito, o primeiro escalão, hoje sob supervisão e comando do secretário de Educação, Leonir Floriani a quem pesam algumas acusações, hora em processo de sondagem, de aliciamento de professores para assegurar o seu poderio nesta administração de “faz de conta”.

Para lembrar vejam matéria publicada por este blog sobre a exoneração de Advan Sobrinho e tirem suas próprias conclusões:


                      

                      Enfim, para felicidade da nação queimadense o “ovo da serpente” eclodiu. Pena que não gerou aquilo que todos esperavam: a verdade sobre a denúncia de que a -Secretaria de Ação Social pagou com recursos públicos o salário de Adriana Sobrinho  funcionária da Clivep, clínica de consultórios médicos de propriedade da psicóloga Advan Sobrinho, na época à frente da Secretaria. A denúncia, inclusive, obrigou o prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira a demitir a secretária nem bem ela tinha completado quatro meses à frente da secretaria.

                        A verdade é que o ovo estava gorado. Não que o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” (tão elogiado pelo prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira) já não soubesse. Apenas respeitou o direito da ex-secretária de esperar a tormenta passar para se explicar perante a sociedade queimadense. Afinal, Advan Sobrinho tem um passado limpo e sempre mereceu o respeito e apoio dos seus conterrâneos.

                        Mas a verdade é que ela teria dificuldade para explicar e convencer a população do porquê de pagar a uma funcionária de sua clínica particular e, mais agravante, sua prima, com recursos da Secretaria. Ingenuidade ou sabedoria em demasia? Sim, porque o pagamento foi feito por meio de depósito na conta corrente da funcionária com recursos oriundos de uma conta da própria Secretaria.

                        Hoje, na rádio “Queimadas FM” a ex-secretária Advan Sobrinho de maneira constrangida tentou explicar o inexplicável. Afirmou que tudo não passou de vingança perpetrada por sua prima para prejudicá-la, sob orientação de seu companheiro Walmir Bezerra (candidato a vereador nas últimas eleições) e que a estava usando politicamente para prejudicar o atual gestor.
               Mas não negou a denúncia principal: a de que pagou com recursos públicos o salário da funcionária de sua clínica particular. Tentou explicar, sem conseguir, que Adriana Sobrinho trabalhava na Secretaria, mas que ia poucos dias ao trabalho, já que, como Assistente Social ela teria um horário diferenciado dos demais funcionários.

                        O que a ex-secretária não explicou, e nem tinha como explicar, é que se a funcionária estava de fato prestando serviço à Secretaria (e ela garante que tem provas) não havia razões para ser demitida pelo prefeito, em especial, da forma como foi feito sem que ela tivesse direito a defesa. Foi sumária a sua demissão. O que poucas pessoas sabem e muitas fingem não saber é que este episódio pode terminar em cassação do mandato do prefeito por improbidade administrativa. Daí sua pressa em demiti-la.

Mas o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” não está preocupado com o futuro político da ex-secretária. Ela própria o jogou no lixo. Está preocupado com o cerco e os oferecimentos que o prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira e alguns dos seus asseclas vem fazendo a Walmir Bezerra, companheiro da prima. Pois não é que o prefeito teve a cara de pau de propor a Walmir que sua companheira fizesse o estorno do dinheiro pago com recursos da Secretaria de Ação Social?

O que pretende o alcaide? Ir para a “Rádio Queimadas FM” e afirmar que tudo não passou de boatos e que jamais houve tal episódio e, inclusive, readmitir a ex-secretária? Ou estaria ele apenas com medo de que uma ação na Justiça o leve a perder o mandato?


Para entender o episódio


            Adriana Sobrinho morava em São Paulo. Advan Sobrinho quando soube que seria secretária de Ação Social convidou a prima, que é Assistente Social para vir trabalhar com ela na Secretaria. Ocorre que o seu companheiro Walmir Bezerra faz oposição ao prefeito e este exigiu em contrapartida ao emprego, que ela rompesse seu relacionamento com seu companheiro, o que não foi aceito.

Daí a razão de Adriana Sobrinho ter ido trabalhar na clínica de propriedade da prima. Ocorre que neste período a amizade entre as duas foi se deteriorando a ponto de haver um rompimento. O problema é que Advan Sobrinho, a empresária e não a secretária, não pagou o tempo trabalhado pela prima em sua empresa. Com a insistencia dela em receber seus direitos Advan Sobrinho resolve pagar, mas utilizando-se dos recursos públicos e não da sua empresa.

Onde está a vingança? Lutar para receber o que tinha direito era razão para ser tratada de forma injusta como foi? O que Adriana e seu companheiro fizeram foi denunciar uma “mutreta”, um escândalo e uma prova de que este governo ainda tem muito a explicar à população de Queimadas. Este é apenas um, entre outros casos que estão sendo levantados. Vamos aguardar.

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