quarta-feira, 5 de junho de 2013

CONSCIÊNCIAS MORTAS



“Os homens deviam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecerem o que não são”. Este é um entre os mais de uma centena de pensamentos do poeta William Shakespeare tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo. É este pensamento que me vem à memória ao tomar conhecimento das tristes e pesadas palavras proferidas pelo vereador Renato Varjão, um jovem aspirante ao cargo de prefeito de Queimadas, num futuro distante, ao se referir ao comerciante Marcelo Carvalho pela simples razão deste sair em defesa do Meio Ambiente, ao denunciar e criticar a derrubada de uma quinzena de árvores sem algum critério.

Ele, como representante do povo na Camara é que deveria, em primeira mão, ter se pronunciado contra este ato criminoso perpetrado sob a luz e os holofotes de uma administração em que, por todos os ângulos que se olhe, é nefasta. O fez para cumprir um ritual: o do adulador. Recorro mais uma vez (e o farei mais no decorrer deste texto) ao dramaturgo inglês: “aquele que gosta de ser adulado é digno do adulador”. Perdoe-me nobre vereador, mas o Sr. não falou como líder do prefeito. O Sr. tentou defender o indefensável. Na verdade tentou ser mais realista que o rei. Esqueceu-se que o Rei está Nu.

Marcelo Carvalho é um jovem que chegou à terceira idade com o gás da mais pura cidadania defendendo aquilo em que acredita e navegando, como ele mesmo disse, ao sabor dos ventos. Mas, consciente do seu papel na sociedade queimadense. Não busca o poder, cobra-lhe o exercício. Este que o vereador Renato Varjão teima em não enxergar e, o que é pior, em não exerce-lo em sua plenitude.

O que se esperava do vereador Renato Varjão não era a defesa intransigente da atual administração apenas pelo simples fato de ser Líder do Prefeito na Casa. Esperava-se independência quando os interesses do município estiverem em jogo. Talvez tenha se irritado com um dos parágrafos do artigo de Marcelo em que este afirma Hoje, 05 de junho, dia do Meio Ambiente, deveríamos estar festejando a natureza, sua sobrevivência, sua proteção, e, sobretudo, sua conservação. Mas, como não podia deixar de ser, para não fugir à regra, Queimadas, mais uma vez trilha a contra mão da história e se rebela, através de seus filhos "non gratos", aqueles mesmos que insistem em contrariar a lógica e a maltratar o bom senso. Aqueles filhos rebeldes que nos proporcionaram um dos maiores crimes ambientais urbanos de nossa triste e pobre história. A derrubada daquelas árvores na entrada da cidade chocou a todos. Foi um enorme impacto, nos enchendo de vergonha e de muita tristeza". 

Sua defesa insana (do vereador Renato Varjão) da administração e, por afinidade, do crime cometido contra o Meio Ambiente transforma-o a olhos vistos. De um jovem à frente de seu tempo, num velho decrépito a clamar a quatro vento a defesa “burra” de atitudes espúrias. Mais dois pensamento do dramaturgo inglês, William Shakespeare: O primeiro para o “velho jovem” Marcelo Carvalho que tem a ousadia de ousar: “Ser grande, é abraçar uma grande causa”. O segundo, para o “jovem velho” vereador Renato Varjão insano Líder do prefeito: “O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder".



Este é o texto que levantou a ira do vereador Renato Varjão líder do prefeito na Câmara Municipal. Como vereador e líder de uma comunidade que lhe garantiu o direito de sentar numa cadeira da Camara deveria ele, defender os interesses do povo, e não de uma minoria que se acha proprietária do município a ponto de autorizar a derrubada de árvores para beneficiar um agrupamento político.

Hoje, 05 de junho, dia do Meio Ambiente, deveríamos estar festejando a natureza, sua sobrevivência, sua proteção, e, sobretudo, sua conservação. Mas, como não podia deixar de ser, para não fugir à regra, Queimadas, mais uma vez trilha a contra mão da história e se rebela, através de seus filhos "non gratos", aqueles mesmos que insistem em contrariar a lógica e maltratar o bom senso. Aqueles filhos rebeldes que nos proporcionaram um dos maiores crimes ambientais urbanos de nossa triste e pobre história.
A derrubada daquelas árvores na entrada da cidade chocou a todos. Foi um enorme impacto, nos enchendo de vergonha e de muita tristeza.
Ontem estive conversando com uma garota que participou a alguns anos atrás, exatamente no dia do Meio Ambiente, de um mutirão para plantio de mudas de árvores grandes e médios portes. Aquelas mesmas que plantaram com muita alegria e orgulho, debaixo de um "solão" causticante e inclemente, foram abatidas uma a uma esta semana, exatamente na semana do Meio Ambiente, por pessoas inescrupulosas, insensíveis e imorais (uma maneira muito estranha e surreal de reverenciar a natureza em sua semana festiva!).
Espero que este ato criminoso seja discutido hoje nos serviços da Câmara dos Vereadores, em sua sessão habitual das quartas-feiras. Desejo que os nossos nobres representantes discutam a fundo esta questão e que seja levada às últimas consequências, punindo severamente os culpados nos moldes da justiça e da lei, especialmente os seus mandantes. Não tem argumentos que justifiquem tanta brutalidade. É inadmissível!
Saravá,Zacarias!
Salve Jorge.
No mais, respeito e solidariedade são essenciais.

À bientôt!

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