Na administração Paulo Sérgio Brandão a hoje toda poderosa “mainha”,
mãe do atual prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira e gestora de fato do
município era “useira e vezeira” em passar as noites no Hospital Dr. Edson
Silva. Não, não pensem que o seu peso, sempre acima do normal, era a razão para
procurar uma unidade de saúde.
Na verdade, ela “aparecia” para
bisbilhotar, ou melhor, para descobrir o que poderia estar acontecendo de
errado. Por exemplo, sujeira e falta de medicamento, para poder no outro dia municiar
alguns dos seus asseclas para ligar para as emissoras de rádio local, o
Conselho e a própria Câmara de Vereadores para denunciar tamanho absurdo.
Este era o
seu triste papel de Judas para com o prefeito da época já que dia claro esbanjava
competência para bajular Serginho e a fazer pedidos para si, e para seus
correligionários. Pois o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo”
cobra de “Mainha” este mesmo zelo que teve durante a administração de
Paulo Sergio Brandão. Sim, porque o que está a ocorrer o Hospital Dr. Edson
Silva é passível de interdição. Ele fede e o fedor não é proveniente de esgoto.
O fedor é por falta de limpeza, de
higiene e muitos foram os pacientes e visitantes que reclamaram de tal absurdo.
É sabido que a unidade de saúde tem recebido um número acima de sua capacidade
de internamento em razão de algumas viroses que se alastraram pela população.
Mas isso não é desculpa para o abandono da unidade. O que mais chama a atenção
é que a Secretária de Saúde sequer aparece para intervir e modificar o atual
quadro.
Se
o número de pacientes aumentou e um ou dois funcionários não estão dando conta
da limpeza, dobre-se o número de auxiliares de limpeza para evitar consequencias
maiores, como a morte de pacientes internados em razão do estado lastimável. É
preciso que o Conselho Municipal de Saúde, que na gestão passada cumpria
zelosamente suas funções, volte a fiscalizar. E que as pessoas que constatam o
estado de sujeira denuncie ao Ministério Público a precária situação do
Hospital Dr. Edson Silva.
A esta sujeira inconcebível some-se a
falta de médicos uma constante no Hospital. A atual secretária de Saúde tem a
obrigação de ir aos meios de comunicação explicar à população porque falta médico
no hospital de maneira recorrente. E como o “passarinho do pé de fícus do Bar
de Osvaldo” anunciou anteriormente que estava investigando um caso de
desrespeito aos direitos mais elementares do cidadão vou relatar o que correu com
um senhor de 90 anos que não recebeu atendimento médico, foi desrespeitado por funcionários e
teve que viajar até Santa Luz, mesmo em estado delicado, onde ficou internado
por três dias.
É uma carta comovente escrita por um
filho indignado com o tratamento dispensado por funcionários do hospital a qual
ele não citou nomes. Ele com 65 anos, sua irmã com 69 e seu pai, com 90 anos. Em sua carta, Graciano Francisco da Silva, popularmente
conhecido como Brás, relata que o pai, que mora na zona rural, passou mal e
como não tinha um transporte adequado (ambulância) trouxe em seu próprio carro,
uma caminhonete. Ao chegar ao hospital ele conta que foi recebido por duas
funcionárias que lhe explicaram que não tinha médico e que este procurasse a
Clínica do Dr. Edvaldo Cayres.
Sua indignação foi maior quando
constatou que a clínica estava fechada e que isto era do conhecimento das servidoras.
“Fizeram
mi de besta”, escreveu revoltado. Mas retornou ao hospital e pediu para
internar seu pai mesmo que tivesse que esperar a chegada do médico. Nova recusa
e, mais grave, mandaram que retirasse o veículo de frente ao hospital.
A chegada de um vereador (Régis da
Ambulancia), segundo conta, deu esperança. Mais este se negou até a conseguir
uma ambulância para levar seu pai para fora do município “é muito dificio”, disse.
Só com a chegada de um repórter em frente a unidade é que as funcionárias se
assustaram. “Para que filmar uma coisinha besta dessa. Não precisa”,
disseram, elas. Só a partir daí resolveram liberar uma ambulancia para levar
seu pai até Santa Luz.
Em que pese seu pai ter sido bem
recebido, atendido por um médico, este aconselhou que os filhos o trouxessem de
volta para Queimadas para que pudesse ficar internado, uma vez que já havia
sido medicado. Ele recebeu alta às duas horas e eles esperaram o motorista da ambulância
até as cinco horas e este não apareceu. “Foi embora sem dar satisfação”, diz
revoltado. Como seu pai voltou a passar mal pelo tempo de espera, foi novamente
internado ficando três dias no Hospital de Santa Luz.
Como vocês podem perceber é grave a
crise da Saúde em nosso município. O pior é que mesmo o prefeito Tarcísio “Liso”
Pedreira ser conhecedor do desgaste da atual secretária, nada faz para corrigir
os erros. Pessoas chegadas a ele o vem alertando da incompetencia da atual
gestora, inclusive o secretário de Educação que em uma reunião dias atrás
acusou a Secretária de Saúde de ser a “pedra
no sapato” da atual gestão. Mas os problemas para o prefeito não ficam
por aí. Outra bomba está para acontecer.
“O passarinho do pé de fícus do Bar
de Osvaldo” está
fazendo um levantamento da situação financeira da Secretaria de Saúde e
assegura que ela tem um débito hoje, só com fornecedores, acima de R$ 130 mil
reais. Se for verdade (está em apuração) o prefeito vai ficar sem saída. A não
ser que queira mergulhar de vez na escuridão podre em que se transformou esta
administração. O tempo dirá.
Mas o problema relatado pelo Senhor
Graciano Francisco da Silva, o Brás, não pode passar sem que algo
seja feito. É inconcebível o tratamento dispensado a esta família, sobretudo,
ao pai, um senhor de 90 anos pelos funcionários do hospital. Se o corpo de enfermagem
do Hospital é orientado pelo seu Conselho Regional (Coren) de que não pode
internar pacientes sem que haja médicos na unidade de saúde, sua obrigação é
tratar bem e encaminhar o paciente para outra unidade onde ele possa ser
atendido. Digamos assim: e se o paciente morre dentro do carro na porta do
Hospital!.
Leiam, agora, a carta escrita pelo seu
filho Francisco e sintam a dor de um filho pelo tratamento dispensado pela
Secretaria de Saúde à sua família, em especial, ao seu pai. Mantive a escrita
conforme o original:
“Eu estou fazendo esta denúncia por
que mi sentir umilhado, massacrado, no posto de saúde de Queimadas (Hospital Dr.
Edson Silva).
Meu pai adueceu na segunda-feira. Estava
passando muito mal. Aqui na comunidade onde eu moro não tem transporte para pra
transportar doente. Sei que não é serto transportar doente numa camionete. Mas
eu vir que o meu pai guentava, ai eu levei. Quando eu cheguei lá procurei duas
funcionarias que tava dentro do posto.
Elas mi explicaram que não tinha médico. Que era para procurar médico na
clínica. Fizeram mi de besta” porque elas já sabia que lá não tava funcionando.
Eu cheguei lá na clinica só tinha uma mulher barrendo. Ela falou que la não
tava funcionando não. Ai tornei voltar ao posto.
Quando cheguei La falei a ela que era
para tirar o velho do carro e colocar dentro do hospital até aparecer médico.
Recusaro. Que o velho não pudia ficar La dent6ro não e até meu carro era pra
tirar da frente do posto. Não queria la na frente não.
Tinha um tal de veriador La. Que já transportor
doente pra Salvador, esse veriador que diz que é do povo pra o povo. Pidir a
ele um transporte para levar o velho para outra cidade que tivesse medico, o
que ele mi respondeu que era dificio. Ainda mais mi revoltou. Ai chegou o rapaz
que faz reporte (reportagem) perguntou se pudesse filmar. Eu disse que pudia.
Não socorrero porque não quisero. A mal vontade tia (tinha) duas abulabncia, e
disse que não precisaram filmar uma coisinha besta dessa.
Eles disseram assim porque não era um
parente da família dele. Com a pressão que eu fiz arrumaro uma abulçancia para
ir a Santa Luz. Ai acompanhou um infermeiro. Quando chegou la combimnou com o
médico que era pra passar um medicamento. Quando o velho ficasse melhor era o
tempo que o medico chegasse em Queimadas, ai voltasse com ele para iternar em
Queimadas que era melhor para nois acopanhante labutar com ele.
Aí deicharam um abulancia la dispunivel
para nois. Quando foi uma hora da tarde o motorista tava deitado na abulancia.
Duas horas da tarde o medico deu alta pra vim internar em Queimadas. Ai eu fui
procura o motorista. La fora não estava mais, saio sem dar a mínima satisfassão
pra nois. Ai deu 3 horas, deu 4 horas, deu 5 naõ aparesseu, eu tentei ligar pro
posto. O telefone só dava ocupado. Ai o velho começou a passar mal novamente.
Ao tive que internar di novo la mesmo em Santa Luz.
Ai passor 3 dias com 2 noite. Graça a
Deus fomos bem atendido a em Santa Luis não faltou nada. Mi sentir envergonhado
ser filho de Queimadas. Nem todos os funcionários mas esses funcionário que mi
atenderam ai em Queimadas mericia ser punido que eles são icopetente, irresponsável,
não sabi atender os passiente com educação que eles mereci.
Era três idosos. Eu tenho 65 anos,
minha Irma tinha 69 e meu pai tinha 90. Mais merecia respeito nois somos
cidadão. Eu sou abilitado e meu carro pago ipva todo ano e esse imposto vem pra
prefeitura. Fizeram do meu pai e meu carro um
lixo que mandaram ritirar da frente do hospital.
Idira (Indira, secretária de saúde)
eu sei que você é uma boa diretora. Fiscalize esses funcionários irresponsável.
Eu tenho um filho que hoje ta em São Paulo, o nome dele é Robério, conhecido
como Roberinho. Trabalha quase sete anos como Agente de Endemias nessa região
porque fazia um bom trabalho. Ainda hoje o povo pergunta por que tiraram ele.
Tou fazendo esta denuncia para que
não acontessa com outra pessoa, porque o que eu passei outra pessoa pode
passar. Eu quero que essa carta va ao ar pra ver o que ta acontecendo na Saúde
de Queimadas”.
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