sexta-feira, 28 de junho de 2013

Incompetencia e desrespeito na Saúde



 

Na administração Paulo Sérgio Brandão a hoje toda poderosa “mainha”, mãe do atual prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira e gestora de fato do município era “useira e vezeira” em passar as noites no Hospital Dr. Edson Silva. Não, não pensem que o seu peso, sempre acima do normal, era a razão para procurar uma unidade de saúde.
Na verdade, ela “aparecia” para bisbilhotar, ou melhor, para descobrir o que poderia estar acontecendo de errado. Por exemplo, sujeira e falta de medicamento, para poder no outro dia municiar alguns dos seus asseclas para ligar para as emissoras de rádio local, o Conselho e a própria Câmara de Vereadores para denunciar tamanho absurdo.
            Este era o seu triste papel de Judas para com o prefeito da época já que dia claro esbanjava competência para bajular Serginho e a fazer pedidos para si, e para seus correligionários. Pois o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” cobra de “Mainha” este mesmo zelo que teve durante a administração de Paulo Sergio Brandão. Sim, porque o que está a ocorrer o Hospital Dr. Edson Silva é passível de interdição. Ele fede e o fedor não é proveniente de esgoto.
O fedor é por falta de limpeza, de higiene e muitos foram os pacientes e visitantes que reclamaram de tal absurdo. É sabido que a unidade de saúde tem recebido um número acima de sua capacidade de internamento em razão de algumas viroses que se alastraram pela população. Mas isso não é desculpa para o abandono da unidade. O que mais chama a atenção é que a Secretária de Saúde sequer aparece para intervir e modificar o atual quadro.
            Se o número de pacientes aumentou e um ou dois funcionários não estão dando conta da limpeza, dobre-se o número de auxiliares de limpeza para evitar consequencias maiores, como a morte de pacientes internados em razão do estado lastimável. É preciso que o Conselho Municipal de Saúde, que na gestão passada cumpria zelosamente suas funções, volte a fiscalizar. E que as pessoas que constatam o estado de sujeira denuncie ao Ministério Público a precária situação do Hospital Dr. Edson Silva.
A esta sujeira inconcebível some-se a falta de médicos uma constante no Hospital. A atual secretária de Saúde tem a obrigação de ir aos meios de comunicação explicar à população porque falta médico no hospital de maneira recorrente. E como o “passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” anunciou anteriormente que estava investigando um caso de desrespeito aos direitos mais elementares do cidadão vou relatar o que correu com um senhor de 90 anos que não recebeu atendimento  médico, foi desrespeitado por funcionários e teve que viajar até Santa Luz, mesmo em estado delicado, onde ficou internado por três dias.
É uma carta comovente escrita por um filho indignado com o tratamento dispensado por funcionários do hospital a qual ele não citou nomes. Ele com 65 anos, sua irmã com 69 e seu pai, com 90 anos.  Em sua carta, Graciano Francisco da Silva, popularmente conhecido como Brás, relata que o pai, que mora na zona rural, passou mal e como não tinha um transporte adequado (ambulância) trouxe em seu próprio carro, uma caminhonete. Ao chegar ao hospital ele conta que foi recebido por duas funcionárias que lhe explicaram que não tinha médico e que este procurasse a Clínica do Dr. Edvaldo Cayres.
Sua indignação foi maior quando constatou que a clínica estava fechada e que isto era do conhecimento das servidoras. “Fizeram mi de besta”, escreveu revoltado. Mas retornou ao hospital e pediu para internar seu pai mesmo que tivesse que esperar a chegada do médico. Nova recusa e, mais grave, mandaram que retirasse o veículo de frente ao hospital.
A chegada de um vereador (Régis da Ambulancia), segundo conta, deu esperança. Mais este se negou até a conseguir uma ambulância para levar seu pai para fora do município “é muito dificio”, disse. Só com a chegada de um repórter em frente a unidade é que as funcionárias se assustaram. “Para que filmar uma coisinha besta dessa. Não precisa”, disseram, elas. Só a partir daí resolveram liberar uma ambulancia para levar seu pai até Santa Luz.
Em que pese seu pai ter sido bem recebido, atendido por um médico, este aconselhou que os filhos o trouxessem de volta para Queimadas para que pudesse ficar internado, uma vez que já havia sido medicado. Ele recebeu alta às duas horas e eles esperaram o motorista da ambulância até as cinco horas e este não apareceu. “Foi embora sem dar satisfação”, diz revoltado. Como seu pai voltou a passar mal pelo tempo de espera, foi novamente internado ficando três dias no Hospital de Santa Luz.
Como vocês podem perceber é grave a crise da Saúde em nosso município. O pior é que mesmo o prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira ser conhecedor do desgaste da atual secretária, nada faz para corrigir os erros. Pessoas chegadas a ele o vem alertando da incompetencia da atual gestora, inclusive o secretário de Educação que em uma reunião dias atrás acusou a Secretária de Saúde  de ser a “pedra no sapato” da atual gestão. Mas os problemas para o prefeito não ficam por aí. Outra bomba está para acontecer.
“O passarinho do pé de fícus do Bar de Osvaldo” está fazendo um levantamento da situação financeira da Secretaria de Saúde e assegura que ela tem um débito hoje, só com fornecedores, acima de R$ 130 mil reais. Se for verdade (está em apuração) o prefeito vai ficar sem saída. A não ser que queira mergulhar de vez na escuridão podre em que se transformou esta administração. O tempo dirá.
Mas o problema relatado pelo Senhor Graciano Francisco da Silva, o Brás, não pode passar sem que algo seja feito. É inconcebível o tratamento dispensado a esta família, sobretudo, ao pai, um senhor de 90 anos pelos funcionários do hospital. Se o corpo de enfermagem do Hospital é orientado pelo seu Conselho Regional (Coren) de que não pode internar pacientes sem que haja médicos na unidade de saúde, sua obrigação é tratar bem e encaminhar o paciente para outra unidade onde ele possa ser atendido. Digamos assim: e se o paciente morre dentro do carro na porta do Hospital!.
Leiam, agora, a carta escrita pelo seu filho Francisco e sintam a dor de um filho pelo tratamento dispensado pela Secretaria de Saúde à sua família, em especial, ao seu pai. Mantive a escrita conforme o original:

“Eu estou fazendo esta denúncia por que mi sentir umilhado, massacrado, no posto de saúde de Queimadas (Hospital Dr. Edson Silva).
Meu pai adueceu na segunda-feira. Estava passando muito mal. Aqui na comunidade onde eu moro não tem transporte para pra transportar doente. Sei que não é serto transportar doente numa camionete. Mas eu vir que o meu pai guentava, ai eu levei. Quando eu cheguei lá procurei duas funcionarias que tava dentro do  posto. Elas mi explicaram que não tinha médico. Que era para procurar médico na clínica. Fizeram mi de besta” porque elas já sabia que lá não tava funcionando. Eu cheguei lá na clinica só tinha uma mulher barrendo. Ela falou que la não tava funcionando não. Ai tornei voltar ao posto.
Quando cheguei La falei a ela que era para tirar o velho do carro e colocar dentro do hospital até aparecer médico. Recusaro. Que o velho não pudia ficar La dent6ro não e até meu carro era pra tirar da frente do posto. Não queria la na frente não.
Tinha um tal de veriador La. Que já transportor doente pra Salvador, esse veriador que diz que é do povo pra o povo. Pidir a ele um transporte para levar o velho para outra cidade que tivesse medico, o que ele mi respondeu que era dificio. Ainda mais mi revoltou. Ai chegou o rapaz que faz reporte (reportagem) perguntou se pudesse filmar. Eu disse que pudia. Não socorrero porque não quisero. A mal vontade tia (tinha) duas abulabncia, e disse que não precisaram filmar uma coisinha besta dessa.
Eles disseram assim porque não era um parente da família dele. Com a pressão que eu fiz arrumaro uma abulçancia para ir a Santa Luz. Ai acompanhou um infermeiro. Quando chegou la combimnou com o médico que era pra passar um medicamento. Quando o velho ficasse melhor era o tempo que o medico chegasse em Queimadas, ai voltasse com ele para iternar em Queimadas que era melhor para nois acopanhante labutar com ele.
Aí deicharam um abulancia la dispunivel para nois. Quando foi uma hora da tarde o motorista tava deitado na abulancia. Duas horas da tarde o medico deu alta pra vim internar em Queimadas. Ai eu fui procura o motorista. La fora não estava mais, saio sem dar a mínima satisfassão pra nois. Ai deu 3 horas, deu 4 horas, deu 5 naõ aparesseu, eu tentei ligar pro posto. O telefone só dava ocupado. Ai o velho começou a passar mal novamente. Ao tive que internar di novo la mesmo em Santa Luz.
Ai passor 3 dias com 2 noite. Graça a Deus fomos bem atendido a em Santa Luis não faltou nada. Mi sentir envergonhado ser filho de Queimadas. Nem todos os funcionários mas esses funcionário que mi atenderam ai em Queimadas mericia ser punido que eles são icopetente, irresponsável, não sabi atender os passiente com educação que eles mereci.
Era três idosos. Eu tenho 65 anos, minha Irma tinha 69 e meu pai tinha 90. Mais merecia respeito nois somos cidadão. Eu sou abilitado e meu carro pago ipva todo ano e esse imposto vem pra prefeitura. Fizeram do meu pai e meu carro um  lixo que mandaram ritirar da frente do hospital.
Idira (Indira, secretária de saúde) eu sei que você é uma boa diretora. Fiscalize esses funcionários irresponsável. Eu tenho um filho que hoje ta em São Paulo, o nome dele é Robério, conhecido como Roberinho. Trabalha quase sete anos como Agente de Endemias nessa região porque fazia um bom trabalho. Ainda hoje o povo pergunta por que tiraram ele.
Tou fazendo esta denuncia para que não acontessa com outra pessoa, porque o que eu passei outra pessoa pode passar. Eu quero que essa carta va ao ar pra ver o que ta acontecendo na Saúde de Queimadas”.

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