domingo, 30 de junho de 2013

Crise no Hospítal Estadual da Criança em Feira de Santana



Prof. Gilliat Falbo à frente da gestão do HEC   


Enquanto o Conselho Federal de Medicina e outras entidades médicas esperneiam contra o governo Federal por anunciar a vinda de médicos estrangeiros (cubanos, espanhóis e portugueses) para atuar, em especial, no interior do País onde a falta de médicos é gritante, o governo do Estado abandona à própria sorte o Hospital da Criança, em Feira de Santana. Inaugurado com grande pompa, o hospital, referencia para todo o interior baiano ainda passa por um momento difícil pela crônica falta de verbas.
           No dia 1º deste mês a gestão da unidade de saúde passou para o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira - IMIP – entidade com experiência em Pediatria, em substituição à Osid – Organização Social Irmão Dulce. Como tudo que é novo, seus dirigentes prometem uma série de novidades a serem implantadas. Por exemplo, serviços de oncologia pediátrica e cirurgia cardíaca como anunciou o superintendente geral do IMIP, Prof. Gilliatt Falbo. O Imip também é gestor do Hospital Regional de Juazeiro.
Se o Imip trabalhar nos mesmos moldes do Hospital do Subúrbio, em Salvador,  cuja gestão é também no modelo PPP – Parceria Público Privada -, é possível ao Hospital Estadual da Criança retomar o trabalho de qualidade que prestava logo após ser inaugurado. Nos últimos tempos o que se via eram protestos de pais e mães pela demora e pelo péssimo atendimento oferecido, entre outras deficiencias.
Médicos pediatras que trabalharam na unidade revelam que existiam apenas dois médicos pediatras de plantão, por dia, para atender mais de 150 pacientes, número que ultrapassa em muito o determinado pela Organização Mundial da Saúde. Isso, segundo eles, comprometia a qualidade do atendimento
            A gestão anterior agravava ainda mais a qualidade do atendimento ao atrasar o salário dos servidores, em especial dos médicos. Muitos denunciaram que havia um calote generalizado. Por isso poucos acreditam que o valor (R$ 2 mil) anunciado por um plantão nos finais de semana (de 12 horas) vá ser cumprido, da mesma forma que um salário de R$ 10 mil por mês, em regime de plantão de 24 horas.
Segundo médicos que preferem não se idetnficar as intenções do Imip podem até ser boas, mas a forma como a transição vem se dando não tem agradado a ninguém. Muitos pediram demissão e outros não aceitam retornar porque estão com salários atrasados de julho do ano passado. A empresa gestora anterior não cumpriu os compromissos e o Imip se recusa a pagar o débito.
            A obrigação do Estado é pagar os salários independentemente da Osid ter ficado devedora. Há boatos de que a Secretaria Estadual de Saúde liberou uma verba para a Osid honrar seus compromissos, mas não existe nada oficial. O que se observa é que o Secretário de Saúde, Jorge Sola parece não enxergar os problemas. Com o agravamento da crise com a saída de tantos pediatras, os poucos profissionais que trabalham no interior são obrigados a transferir as crianças para o Hospital Roberto Santos, em Salvador, unidade já sobrecarregada. Esta é a saúde que eles querem, tanto no Estado quanto em nosso município. Não é a nossa. Mas o povo acordou. Sola e Indira botem aas “barbas de molho” porque a paciencia do povo tem limite.

 










Foto do Hospital Estadual da Criança em Feira de Santana

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