Prof. Gilliat Falbo à frente da gestão do HEC
Enquanto o Conselho Federal de
Medicina e outras entidades médicas esperneiam contra o governo Federal por anunciar
a vinda de médicos estrangeiros (cubanos, espanhóis e portugueses) para atuar,
em especial, no interior do País onde a falta de médicos é gritante, o governo
do Estado abandona à própria sorte o Hospital da Criança, em Feira de Santana.
Inaugurado com grande pompa, o hospital, referencia para todo o interior baiano
ainda passa por um momento difícil pela crônica falta de verbas.
No
dia 1º deste mês a gestão da unidade de saúde passou para o Instituto de Medicina
Integral Professor Fernando Figueira - IMIP – entidade com experiência em Pediatria, em
substituição à Osid – Organização Social Irmão Dulce. Como tudo que é novo,
seus dirigentes prometem uma série de novidades a serem implantadas. Por
exemplo, serviços de oncologia pediátrica e cirurgia cardíaca como anunciou o superintendente geral do IMIP, Prof.
Gilliatt Falbo. O Imip também é gestor do Hospital Regional de Juazeiro.
Se o Imip trabalhar nos mesmos moldes
do Hospital do Subúrbio, em Salvador,
cuja gestão é também no modelo PPP – Parceria Público Privada -, é possível
ao Hospital Estadual da Criança retomar o trabalho de qualidade que prestava
logo após ser inaugurado. Nos últimos tempos o que se via eram protestos de
pais e mães pela demora e pelo péssimo atendimento oferecido, entre outras
deficiencias.
Médicos pediatras que trabalharam na
unidade revelam que existiam apenas dois médicos pediatras de plantão, por dia,
para atender mais de 150 pacientes, número que ultrapassa em muito o determinado
pela Organização Mundial da Saúde. Isso, segundo eles, comprometia a qualidade
do atendimento
A gestão
anterior agravava ainda mais a qualidade do atendimento ao atrasar o salário dos
servidores, em especial dos médicos. Muitos denunciaram que havia um calote
generalizado. Por isso poucos acreditam que o valor (R$ 2 mil) anunciado por um
plantão nos finais de semana (de 12 horas) vá ser cumprido, da mesma forma que
um salário de R$ 10 mil por mês, em regime de plantão de 24 horas.
Segundo médicos que preferem não se idetnficar as intenções do Imip podem até ser boas, mas a
forma como a transição vem se dando não tem agradado a ninguém. Muitos pediram
demissão e outros não aceitam retornar porque estão com salários atrasados de
julho do ano passado. A empresa gestora anterior não cumpriu os compromissos e
o Imip se recusa a pagar o débito.
A obrigação
do Estado é pagar os salários independentemente da Osid ter ficado devedora. Há
boatos de que a Secretaria Estadual de Saúde liberou uma verba para a Osid
honrar seus compromissos, mas não existe nada oficial. O que se observa é que o
Secretário de Saúde, Jorge Sola parece não enxergar os problemas. Com o
agravamento da crise com a saída de tantos pediatras, os poucos profissionais
que trabalham no interior são obrigados a transferir as crianças para o
Hospital Roberto Santos, em Salvador, unidade já sobrecarregada. Esta é a saúde
que eles querem, tanto no Estado quanto em nosso município. Não é a nossa. Mas
o povo acordou. Sola e Indira botem aas “barbas de molho” porque a paciencia
do povo tem limite.
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