Domingo (30 de junho) a gestão Tarcísio “Liso” Pedreira completou
seis meses e não teve nada para comemorar. Não se ouviu, sequer, o pipocar de
fogos, uma tradição de políticos atrasados em Queimadas. Passou em branco e o prefeito nem ao menos utilizou-se (como é de
seu costume) dos meios de comunicação para atacar a oposição que critica a
desordem instalada desde que chegou ao poder, em especial, na área de Saúde.
Pelo contrário, os problemas estão se
acumulando e a inércia do prefeito que delegou o poder de administrar nosso
município a “mainha”, sua genitora, e a sua irmã que controla os cofres da
prefeitura, tem levado correligionários a maldizer o apoio e a se afastar a
cada dia da cúpula do poder.
Há um movimento
de revolta no primeiro e segundo escalões pela forma como o município está
sendo administrado e pela concentração de poder em algumas peças. O agravamento
da situação pode obrigar o prefeito a vir modificar o secretariado por decisão
própria (dele) ou pela saída espontanea dos que estão insatisfeitos. E é
possível que mais exonerações no primeiro escalão venham a ocorrer.
O centro da discórdia está na
concentração de poder conquistada pelo Secretário de Educação, Leonir Floiriani
o que tem gerado discórdia. Na “surdina” muitos acusam o prefeito
de trair compromissos em benefício de alguém que, pouco antes das eleições
era pré-candidato pelo PT a prefeito de Queimadas. Para estes a traição Leonir ao
PT e ao seu candidato André Luis pode vir a ocorrer num futuro próximo. Só que
desta vez ao próprio Tarcísío.
A onda de insatisfação aumenta porque
existem outras pessoas que também eram do PT, inclusive, outro que foi pré-candidato
e que vem sendo beneficiado (Construção do Posto de Combustível que causou um
grande dano à imagem do prefeito), enquanto os verdadeiros tarcisistas que estiveram
com ele desde o início da campanha estão sendo desprezados.
Sem querer se identificar alguns se
dizem frustrados. “Não lutei para eleger um prefeito que depois trai os compromissos
assumidos e apóia quem sempre foi contra ele”, diz um inconformado.
Outro reclama: “ninguém sabe por que deram tanto poder ao Secretário de Educação. Tudo
o que “mainha” quer recorre a Leonir Floriani”, diz outro.
A insatisfação
já chega também aos seus patrocinadores da campanha. Muitos não receberam, até
o momento, e já pensam em abandonar o barco. Outro de grande peso e que jogou uma
boa soma de dinheiro na campanha está surpreso com as atitudes do prefeito
Tarcísio “Liso” Pedreira. Segundo ele, o gestor, sequer o cumprimenta.
Enquanto a
insatisfação na cúpula do poder cresce o barco da administração está a adernar
com os atrasos de pagamento a fornecedores. Já há registro de revolta de alguns
prestadores de serviço, em especial, na coleta de lixo, com o atraso de até quatro
meses no pagamento. Na semana passada a Sala de Licitação, na sede da
prefeitura, foi tomada por vários prestadores de serviço cobrando o pagamento
em atraso.
Quem os
mandou para a Sala de Licitação para pressionar a Prefeitura, segundo alguns
deles, foi a própria Secretária de Saúde. A mesma secretária que na sexta-feira
coordenou o processo de licitação para o transporte na sua área. Ganhou como
era de se esperar, a mesma empresa vencedora de outro pregão. O problema desta
vez, para quem participou do pregão, foi o preço cotado para uma “Sprint”,
que parece cheirar à “mutreta”: apenas R$ 1.800,00. Não
há, disseram, como alguém alugar um veículo deste porte por este preço. É mais
um problema da Saúde para o Prefeito Tarcísio “Liso” Pedreira se explicar.
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