quinta-feira, 4 de julho de 2013

Covardia é para os fracos




Este é o momento


Existem momentos na vida em que a reflexão leva-nos por caminhos que a história por diversas vezes comprovou serem equivocados dentro de qualquer contexto político. Assim o foi antes de 64 quando parte da esquerda preferiu uma aliança com os conservadores e outra a radicalização. Durante a Ditadura outras reflexões levaram-nos a outros equívocos. Todos com conseqüências trágicas, em especial, para a plenitude de um Estado de Direito Democrático.
Assusta vermos hoje que a esquerda não aprendeu. Mantém-se na mesma linha de ação. “A história se repete, como disse Karl Marx, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa”... Parte da esquerda alinha-se à direita (conservadores, estes já alinhados com a Centro Esquerda) e a outra parte e, o que é mais desastroso, a que detem o poder, acomoda-se de forma tão envergonhada que mais parece covardia.
“A voz das ruas” não chegou aos ouvidos desta esquerda sob o comando de Lula e Dilma. Ou melhor, chegou, mas eles não ouviram. Ou ouviram e acovardaram-se, o que é mais grave. Não interessa neste momento avaliar se a direita sob aproveitar melhor este momento em que acabou assumindo as mais caras bandeiras da esquerda.  O que importa analisar é se ainda somos capazes de reverter o quadro e assumirmos as ruas pregando a Mãe, como já disseram vários analistas, de todas as reformas: a Reforma Política.
Se o Congresso e os partidos do atraso; se o Judiciário com o ativismo político do Supremo Tribunal Federal; se os partidos de meia-tigela, caso do PSDB, PMDB e congeneres, inclusive o PSOL e parte do PT, preferem manter o quadro atual já renegado pelo povo nas suas manifestações de rua, então que Lula e Dilma tirem as correntes que os aprisionam juntem-se ao povo nas ruas e defendam suas bandeiras.
Do contrário vamos assistir a história repetir-se mais uma vez como farsa porque tragédia é a que vivemos atualmente. Antes, foram as famílias com Deus... Hoje, é a classe média cobrando desconto em tarifa de ônibus. Ontem, eram as reformas de base. Hoje. Hoje, a Reforma Política. Ontem, foram os jornais O Globo a Folha de São Paulo e o Estadão que bradavam em seus editoriais todo o Poder aos Militares. Hoje, pregam a derrubada por uma equação política, vide o exemplo do Paraguai.
Acorda Dilma. Acorda Lula. Acorda esquerda envergonhada ou acovardada. Esqueçam-se das benesses do poder e voltem às ruas de onde nunca deveriam ter saído para defender o povo. Este povo que pouco foi às ruas, mas que ficou solidário com os protestos. Esta é a hora. Não é a hora dos Temer, dos Bernardos, dos Cardosos e de tantos outros que no poder traíram seus compromissos. Vamos à luta e vamos fazer o plebiscito para que o povo assuma as rédeas do poder decisório.

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