Que bom, meu pai que você não viveu o suficiente para
assistir a mais vergonhosa derrota da seleção canarinho numa Copa da Mundo. Sei
que sofreu, e muito, com a derrota para o Uruguai na Copa de 50. Não há
explicação para a vergonha de hoje quando perdemos por 7 x 1 para a Alemanha a
não ser de que fomos um time covarde desde o primeiro jogo.
Mas não
escrevi este texto para falar sobre esta vergonha. É porque amanhã é dia de seu
aniversário em que irias comemorar seus 93 anos se o tempo, carrasco de nossa
vontade de se perpetuar não o tivesse levado. Claro que gostaria, e muito, que
estivesse vivo mesmo que fosse para sofrer esta vergonha.
Mas,
partiste deixando os seus com aquela saudade de doer. Nos acostumamos, mas não
esquecemos, da mesma forma que as pessoas que sempre o acompanharam. Não
imagina, como sofro ao andar pelo interior do nosso município e perceber o
quanto eras amado, o quanto as pessoas tinham um respeito e um amor pela sua
pessoa.
Mas a vida é
assim. Ontem, partiste, hoje outros amigos seus o seguiram deixando nossa terra
mais pobre. Brevemente seremos nós a seguir o destino traçado. Amanhã,
comemoraremos a sua partida com alegria e respeito por tudo o que nos
ensinastes. Um abraço, meu, de meus irmão, de seus irmãos, sobrinhos e primos e
deste povo que ainda o reverencia.
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