terça-feira, 11 de março de 2014

Outro crime contra o Patrimônio Público?

Estação Ferroviária de QueimadasBA-Foto:ainstein edy - Queimadas - 127296
Que o Mercado Municipal e o Parque e Exposições não terminem seus dias como a Estação Ferroviária
          
O secretário municipal de Agricultura de Queimadas, João Ferreira Filho negou hoje a existência de um projeto com o objetivo de desmanchar o Parque de Exposição (hoje, abandonado) para transformá-lo numa creche municipal. O secretário foi mais longe e afirmou: “sou contra e serei o primeiro a defender o Parque. Inclusive, a Secretaria já está em entendimentos com o Sindicato Rural de Queimadas e outras entidades para a realização de uma exposição no mês de setembro.


           Ele  garantiu, ainda, que desconhece de onde tenha partido esta onda de "boatos". “Eu, por ofício, seria o primeiro a tomar conhecimento de uma medida como esta, de tamanha importância para nosso município”. Segundo Ferreira, a informação não merece qualquer tipo de crédito.

          No entanto, a decisão, de acordo com informações que correm de boca em boca, já foi tomada pelo prefeito Tarcísio Pedreira que, inclusive, já teria enviado projeto neste sentido à Câmara Municipal e esta teria aprovado em regime de urgência por ampla maioria, informação também negada veemente pelo presidente da Casa, vereador Lázaro José.

          Acredito na palavra de dois homens de boa fé. Tanto o secretário de Agricultura, quanto o presidente da Câmara são homens íntegros que não dariam informações falsas.

          Portanto, os “boatos” devem ter uma única origem: o famigerado “Escritório Central da Patifaria e Sem-Vergonhice”, que as más línguas acreditam funcionar no gabinete do alcaide ou em uma “Sala de Estar de “Mainha”, ambos os locais uma espécie de pubs do “mau” onde se tramam as mais sórdidas maldades contra o povo, os servidores e, em especial, contra seus próprios correligionários, a exemplo de Advan Sobrinho, Fabiana Barreto, ambos defenestrados de seus cargos, e Roberto Salgado que virou o jogo e manteve o poder.

          Preocupação maior é porque tudo pode não passar de um "balão de ensaio”. Daquele tipo “se colar, colou”. Caso contrário, esqueçam o assunto. Vamos lembrar que a população queimadense está muda aos desmandos do atual prefeito.

          Mesmo uma ínfima parcela, incluindo professores e alunos que foram à Câmara protestar durante a votação das contas do ex-prefeito, silenciam diante de tantos abusos, absurdos, manobras, barganhas, bagunças ou desordens patenteadas por este prefeito em apenas 14 meses de governo.

          Difícil, portanto, não acreditar na veracidade dos boatos. Exemplo não nos faltam. Vejam o caso da proposta absurda de vender o Mercado Municipal, um crime de lesa pátria que não encontra eco ou justificativa. Só mesmo a ânsia do prefeito pelo malfeito para se pôr em prática uma política de terra arrasada.

          O mercado Municipal deve, sim, ser fechado, mas não vendido, dilapidado. Este patrimônio de grande importância (desculpem os adjetivos) deve ser transformado num espaço público cultural, a exemplo de um teatro/cinema; um Centro Artesanal e de difusão de todas as manifestações culturais queimadense, hoje, moribundas por falta de espaço, apoio e valorização.

          É este de ação que devem os jovens, professores e a sociedade como um todo estar a se manifestar, todos os dias, e não apenas reverberar o "contra pelo contra" como oportunistas vazios. Em outras palavras, como os blac blok.

          O desejo do prefeito Tarcísio Pedreira de vender o espaço do Mercado Municipal e de transformar o Parque de Exposições em uma creche deveria entrar na pauta da Câmara Municipal. Seu presidente que, tenho certeza, não corrobora com esse absurdo, deveria convocar uma Audiência Pública para discutir abertamente os interesses por trás de propostas indecentes como essas, convidando as entidades representativas da sociedade, a Justiça e o Ministério Público como forma de defender o patrimônio Municipal já tão dilapidado.

          Sabemos que o Parque de Exposição bem como o Mercado Municipal, hoje, não cumprem sua funcionalidade; vivem ao abandono do poder público e servem a outros fins que não aqueles de origem. No entanto, isso não é razão para aceitarmos que sejam vendidos ou sucateados. Não se admite, por exemplo, que a única atividade do Parque seja receber os animais com destino ao frigorífico de Serrinha.

          Este importantíssimo espaço deve ser revalorizado e aberto aos sábados, por exemplo, para a comercialização (venda, troca ou compra) de todos os tipos de animais. Certo está, portanto, o secretário de Agricultura, João Ferreira Filho ao se colocar na linha de frente em defesa da funcionalidade do Parque de Exposição sejam os boatos verdadeiros, ou não.

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