Amanhã (17), vai ser um dia importante para a população de Queimadas. É que a Embasa realiza audiência pública que deve definir como se
dará a construção e implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário da sede municipal
que deve beneficiar uma população estimada em mais de 17 mil habitantes.
Portanto, todos, em peso, devem comparecer à Câmara de Vereadores para debater
com os técnicos da empresa os impactos ambientais da obra, seu custo e, principalmente, em
que isso irá impactar no preço a ser cobrado dos usuários quando a obra for
entregue totalmente concluída.
Esta
é uma das mais importantes obras que o Governo Wagner (ao lado do Sistema que vai
levar água tratada para os povoados do Gregório e Pedrolândia) decidiu
implantar em nosso município. O valor do investimento chega a mais de R$ 17
milhões (para ser mais exato a R$ 17.143.394 (dezessete milhões, cento e
quarenta e três mil, trezentos e noventa e quatro reais).
Todos
os bairros da sede do município serão beneficiados pela obra. Inclusive, os
pontos mais distantes, como a saída para o Riacho da Onça; todo o bairro da
Ponte Nova, incluindo o assentamento onde antigamente era a Fazenda Cruz.
Alcança ainda o Parque de Exposição e o povoado dos Coxos, onde ficará
localizado a Estação de Tratamento.
O
blog
do haroldo teve acesso ao relatório do projeto (sumário) e publica em
primeira mão para que a população, vereadores, sindicatos, associações
estudantes e outras instituições possam discutir com os técnicos da Embasa o
detalhamento do projeto, seus impactos (econômico e social) que uma obra deste
porte pode causar.
Como a população da sede do município sabe todos os esgotos da cidade deságuam
sem que exista qualquer tipo de tratamento diretamente no Rio Itapicuru (exceção
para algumas poucas residências que possuem fossas sépticas). De acordo com o levantamento
realizado como não existe um cadastro do sistema coletor e o estado de conservação em que se encontra a rede é péssimo
ela não será aproveitada, ou seja, a cidade ganhará uma nova rede de esgoto.
Só este
dado mostra o tamanho da obra e o impacto que causará, no dia a dia, da população.
Até porque a obra, quando definitivamente aprovada e com os recursos devidamente
alocados, poderá causar grande impacto no dia a dia da vida dos moradores.
Segundo
o estudo feito, a população beneficiada na primeira etapa do projeto, que vai
até o ano de 2024, é de 17.804 pessoas. A segunda etapa, prevê que o sistema vá
atender mais de 22 mil habitantes daqui a 20 anos, ou seja, em 2034. A cada
etapa a Embasa deverá fazer um diagnóstico de todo o sistema e, se houver
necessidade poderá, por exemplo, ampliá-lo. Isso, em razão de que o sistema tem
vida útil em torno de 20 anos.
O projeto prevê que a rede coletora (rede
convencional) terá quase 77 mil metro nos diâmetros de 150, 200 e 250 milímetros em PVC e será implantada em duas etapas. E mais: na rede predial (a que sai
das residências, comércio e afins) serão implantados mais de 16 mil metros em tubo PVC, no diâmetro de 100 mm, e 882,0 metros no diâmetro de 150 mm. Alem disso serão implantados mais 3.910
unidades de ramais, ou seja, de ligações intradomiciliares. Para completar o
sistema serão implantados cerca de 4.650 metros de tubulação nos diâmetros
de 150 mm; 200 mm e 250 mm de interceptores, já na primeira etapa.
Para
levar os dejetos produzidos pelas residências, comércio, clínicas, hospital e
indústrias serão necessárias a construção de 05 (cinco) Estações de
Bombeamento, ou unidades elevatórias. De acordo com o projeto, a elevatória "A" terá dois conjuntos de moto-bombas (um de reserva) com potência de 4,0 cv e uma
vazão total de 5,44 litros, por segundo e A.M.T (Altura Manométrica Total) de 20,50 metros. A elevatória "B" terá três conjuntos de moto-bombas (um de reserva) com potência de 10,0 cv sendo
que na segunda etapa a potência passa para 12,0 cv, com vazão total de 19,84
l/s, na primeira etapa e de 25,00 l/s na segunda etapa (cada). A A.M.T. fica em
13,09 m ev 14,19 m.
O processo de tratamento da ETE, ou Estação
de Tratamento de Esgoto será híbrido, ou seja, anaeróbico/aeróbico composto
por Digestores Anaeróbico de Fluxo Ascendentes e Lagoas de Estabilização
(Facultativas e de Maturação). Nesta etapa ocorrem os processos de decomposição anaeróbica
aeróbica em extratos definidos das mesmas.
O Lodo gerado nesses digestores passará por um processo de desidratação em Leitos de Secagem. A previsão é que a vazão prevista para tratamento fique em 41,90 l/S de plano; Já o emissário final receberá 100 metros de tubulação, com DN 350 em PVC por gravidade. Depois de todo este processo os efluentes tratados na Estação de Tratamento de Esgoto serão jogados no Rio Itapicuru em local bem abaixo dos Coxos.
O Lodo gerado nesses digestores passará por um processo de desidratação em Leitos de Secagem. A previsão é que a vazão prevista para tratamento fique em 41,90 l/S de plano; Já o emissário final receberá 100 metros de tubulação, com DN 350 em PVC por gravidade. Depois de todo este processo os efluentes tratados na Estação de Tratamento de Esgoto serão jogados no Rio Itapicuru em local bem abaixo dos Coxos.
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