terça-feira, 15 de julho de 2014

Queimadas ganha Estação de Tratamento de Esgoto de Wagner

           









              



         Amanhã (17), vai ser um dia importante para a população de Queimadas. É que a Embasa realiza audiência pública que deve definir como se dará a construção e implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário da sede municipal que deve beneficiar uma população estimada em mais de 17 mil habitantes. Portanto, todos, em peso, devem comparecer à Câmara de Vereadores para debater com os técnicos da empresa os impactos ambientais da obra, seu custo e, principalmente, em que isso irá impactar no preço a ser cobrado dos usuários quando a obra for entregue totalmente concluída.

         Esta é uma das mais importantes obras que o Governo Wagner (ao lado do Sistema que vai levar água tratada para os povoados do Gregório e Pedrolândia) decidiu implantar em nosso município. O valor do investimento chega a mais de R$ 17 milhões (para ser mais exato a R$ 17.143.394 (dezessete milhões, cento e quarenta e três mil, trezentos e noventa e quatro reais).

         Todos os bairros da sede do município serão beneficiados pela obra. Inclusive, os pontos mais distantes, como a saída para o Riacho da Onça; todo o bairro da Ponte Nova, incluindo o assentamento onde antigamente era a Fazenda Cruz. Alcança ainda o Parque de Exposição e o povoado dos Coxos, onde ficará localizado a Estação de Tratamento.

         O blog do haroldo teve acesso ao relatório do projeto (sumário) e publica em primeira mão para que a população, vereadores, sindicatos, associações estudantes e outras instituições possam discutir com os técnicos da Embasa o detalhamento do projeto, seus impactos (econômico e social) que uma obra deste porte pode causar.

         Como a população da sede do município sabe todos os esgotos da cidade deságuam sem que exista qualquer tipo de tratamento diretamente no Rio Itapicuru (exceção para algumas poucas residências que possuem fossas sépticas). De acordo com o levantamento realizado como não existe um cadastro do sistema coletor e o estado  de conservação em que se encontra a rede é péssimo ela não será aproveitada, ou seja, a cidade ganhará uma nova rede de esgoto.

         Só este dado mostra o tamanho da obra e o impacto que causará, no dia a dia, da população. Até porque a obra, quando definitivamente aprovada e com os recursos devidamente alocados, poderá causar grande impacto no dia a dia da vida dos moradores.

         Segundo o estudo feito, a população beneficiada na primeira etapa do projeto, que vai até o ano de 2024, é de 17.804 pessoas. A segunda etapa, prevê que o sistema vá atender mais de 22 mil habitantes daqui a 20 anos, ou seja, em 2034. A cada etapa a Embasa deverá fazer um diagnóstico de todo o sistema e, se houver necessidade poderá, por exemplo, ampliá-lo. Isso, em razão de que o sistema tem vida útil em torno de 20 anos.

            O projeto prevê que a rede coletora (rede convencional) terá quase 77 mil metro nos diâmetros de 150, 200 e 250 milímetros em PVC e será implantada em duas etapas. E mais: na rede predial (a que sai das residências, comércio e afins) serão implantados mais de 16 mil metros em tubo PVC, no diâmetro de 100 mm, e 882,0 metros no diâmetro de 150 mm. Alem disso serão implantados mais 3.910 unidades de ramais, ou seja, de ligações intradomiciliares. Para completar o sistema serão implantados cerca de 4.650 metros de tubulação nos diâmetros de 150 mm; 200 mm e 250 mm de interceptores, já na primeira etapa.

         Para levar os dejetos produzidos pelas residências, comércio, clínicas, hospital e indústrias serão necessárias a construção de 05 (cinco) Estações de Bombeamento, ou unidades elevatórias. De acordo com o projeto, a elevatória "A" terá dois conjuntos de moto-bombas (um de reserva) com potência de 4,0 cv e uma vazão total de 5,44 litros, por segundo e A.M.T (Altura Manométrica Total) de 20,50 metros. A elevatória "B" terá três conjuntos de moto-bombas (um de reserva) com potência de 10,0 cv sendo que na segunda etapa a potência passa para 12,0 cv, com vazão total de 19,84 l/s, na primeira etapa e de 25,00 l/s na segunda etapa (cada). A A.M.T. fica em 13,09 m ev 14,19 m.
        
        As elevatórias C, D e E serão compostas a (C) de duas moto-bombas (uma de reserva) com potência de 2,0 cv (cada); vazão de 5,81 l/s e A.M.T. de 6,47 m. Da elevatória "D" constam três conjuntos de moto-bombas (um de reserva) de 7,5 cv (10,0 na segunda etapa) (cada) e vazão de 27,071 (fase inicial) e de 33,83 (2ª etapa) e A.M.T de 8,80 metros l/s (1ª etapa) e 9,51 l/s (2ª etapa). Finalmente, a elevatória (E) terá dois conjuntos de moto-bombas (uma de reserva) com potência de 6,0 (cada) e vazão de 5,47 l/s e A. M. T. de 24,19 metros.


             O processo de tratamento da ETE, ou Estação de Tratamento de Esgoto será híbrido, ou seja, anaeróbico/aeróbico composto por Digestores Anaeróbico de Fluxo Ascendentes e Lagoas de Estabilização (Facultativas e de Maturação). Nesta etapa ocorrem os processos de decomposição anaeróbica aeróbica em extratos definidos das mesmas.

          O Lodo gerado nesses digestores passará por um processo de desidratação em Leitos de Secagem. A previsão é que a vazão prevista para tratamento fique em 41,90 l/S de plano; Já o emissário final receberá 100 metros de tubulação, com DN 350 em PVC  por gravidade. Depois de todo este processo os efluentes tratados na Estação de Tratamento de Esgoto serão jogados no Rio Itapicuru em local bem abaixo dos Coxos.

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