Por Fernando Brito, no Tijolaço
A campanha eleitoral ganhou novos personagens esta semana.
Em São Paulo, a comandante da grife Dior no Brasil, Rosângela Lyra, que reuniu a nata do “madamato” da Oscar Freire, em nome da Associação dos Lojistas dos Jardins, para sabatinar o alto comando da campanha de Marina Silva (leia aqui a matéria da Folha) e Hugo Henrique, o poodle do senador Álvaro Dias, levado ao seu programa de televisão no Paraná.
É uma boa resposta para os que acharam que era exagero o que eu escrevi aqui sobre a crueldade das elites brasileiras.
E um desafio à nossa capacidade de mostrar ao povo brasileiro, que trabalha, rala e sofre, o que importa para esta gente.
Que a sandália da D. Rosângela, de “apenas 600 euros” (R$ 1.800) ou o shampoo do banho do Hugo Henrique não são uma “tragédia nacional”, mas a carteira assinada das empregadas domésticas e aquele dinheirinho do “mata-fome” do Bolsa Família são.
O curioso é que ninguém quer tirar a pet- shop do Hugo Henrique, nem os Dior das madames.
Mas eles se mobilizam sempre para tirar o pouco que nossos pobres têm.
Eles não tem nada, só não lhes peçam, também, que votem obedientes como cachorrinhos de madame.
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